quarta-feira, 3 de setembro de 2008

2008 - Ano Polar Internacional (23/06)




Caros bloguistas / filatelistas:

Eis a 3ª e última parte da oferenda de A Cris N. Impagável, não acham? Uma excelente escolha, de uma excelente amiga! Bem haja!!!

"Portugal foi um país pioneiro na exploração dos oceanos das altas latitudes, com navegadores como João Vaz Corte-Real que descobriu a Terra Nova e a Península do Labrador, ou Fernão de Magalhães que navegou nas águas austrais, descobrindo a Terra do Fogo, no sul da Argentina e do Chile.

Depois de cerca de 500 anos afastado das regiões polares, Portugal renovou o seu interesse nas altas latitudes através de uma forte participação no Ano Polar Internacional 2007-08. Foi fundado o Programa Polar Português e criado um ambicioso projecto educativo que visa aproximar a ciência polar da sociedade.

(...)

Contudo, poucos são aqueles que sabem que algumas das aves que frequentam a costa portuguesa nos chegam das regiões polares. Incansáveis viajantes, deslocam-se, sazonalmente, milhares de quilómetros, desde o Árctico e o Antárctico, de modo a beneficiarem das condições temperadas do litoral português. A presente edição de selos pretende dar a conhecer algumas destas aves, com as quais frequentemente nos cruzamos, sem que nos apercebamos de onde vieram.

A Gaivina-do-Árctico (Sterna paradisaea) cujas longas migrações ligam o Árctico à Antárctida, passando pelas águas portuguesas, é, sem dúvida, a espécie mais emblemática.

Uma ave muito comum no litoral português, o Pilrito-das-praias (Calidris alba), nidifica no Alto Árctico, em terras tão distantes como a Gronelândia, a Sibéria ou a ilha de Ellesmere.

Já o Paínho-casquilho (Oceanites oceanicus) é, por excelência, o representante da Antárctida, nidificando nas ilhas daquele continente gelado.

Finalmente, aparece a Torda-mergulheira (Alca torda), que nidifica nas arribas do Árctico e inverna nas nossas costas. Esta espécie, que mergulha para obter alimento, acaba, muitas vezes, por se enredar nas artes dos pescadores, aparecendo sem vida em quantidades apreciáveis nas praias portuguesas."

In http://www.portalpolar.com/index.php?option=com_content&task=view&id=156&Itemid=1