sexta-feira, 22 de agosto de 2008

1996 - 500 anos da descoberta do caminho marítimo Índia (1º grupo)

O projecto para o caminho marítimo para a Índia foi delineado por D. João II (1481-1495), como medida de redução dos custos nas trocas comerciais com a Ásia e tentativa de monopolizar o comércio das especiarias. A juntar à cada vez mais sólida presença marítima portuguesa, D. João almejava o domínio das rotas comerciais e expansão do reino de Portugal que já se transformava em Império.

Porém, o empreendimento não seria realizado durante o seu reinado. Seria o seu sucessor, D. Manuel I (1495-1521) que iria designar Vasco da Gama para esta expedição, embora mantendo o plano original. Este empreendimento não era bem visto pelas altas classes. Nas Cortes de Montemor-o-Novo de 1495 era bem patente a opinião contrária quanto à viagem que D. João II tão esforçadamente havia preparado. Contentavam-se com o comércio da Guiné e do Norte de África e temia-se pela manutenção dos eventuais territórios além-mar, pelo custo implicado na expedição e manutenção das rotas marítimas que daí adviessem. Esta posição é personificada na personagem do Velho do Restelo que aparece, n'Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões, a opor-se ao embarque da armada.

El-Rei D. Manuel não era dessa opinião. Mantendo o plano de D. João II, mandou aparelhar as naus e escolheu Vasco da Gama, cavaleiro da sua casa, para capitão desta armada. Curiosamente, segundo o plano original, D. João II teria designado seu pai, Estêvão da Gama, para chefiar a armada; mas a esta altura tinham ambos já falecido.

A 8 de Julho de 1497 iniciava-se a expedição semi-planetária que terminaria dois anos depois com a entrada da nau Bérrio rio Tejo adentro, trazendo a boa-nova que elevaria Portugal, durante décadas, ao imortal prestígio marítimo.

Mais informações, a título exemplificativo:
http://www.infopedia.pt/que_newsletter.jsp?id=43#18272RR
http://www.caleida.pt/filatelia/

O bloco representa o sonho de D. Manuel I ...


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